quinta-feira, dezembro 17

Cabisbaixo


Fotografia de Hilton Pozza




Andava cabisbaixo
e esqueci de ver
que havia luz no alto das estrelas.
O dono do poder infindo e criador da vida
estava lá e eu não vi.
Fiquei a andar feito terráqueo
embevecido com minhas glórias passageiras
contaminado com a solidão da alma
e vazio de vida plena
buscando apenas abraços imprecisos.
Esqueci de olhar ao alto
e ver os braços de um Deus amigo
que me resgatou dando a sua vida
apesar de mim.
Minha alma densa em cicatrizes
ferida exposta de um mundo insano
fugiu de mim.
Corri atrás deste misticismo
achei que a solução vinha de idéias
segui as seitas do meu coração
e me perdi.
Era tão simples
eu,  criatura!

 Ele, meu Deus!
Tivesse eu lhe estendido os braços
não estaria com a alma em prantos
e os passos longe de tudo que amei.
Perdi o rumo em algum instante

e passo na vida consumido
pelo sol que hoje me queima a pele,
pela água que me arrasta os sonhos,
passo na vida feito um ser perdido
longe de Deus.
Homem louco sou, insano homem
a destruir o mundo onde habitarei.
Há de haver paz para a minha alma!
Hei de sorrir numa tarde calma!
Hei de me achar neste caminho errado!
Meu descaminho aInda terá um porto
aportarei no rumo seguro
Serei seu filho, Ele meu Deus!


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