De alma inquieta
sento-me aqui
diante da saudade
para traduzir minha alma.
Saudade da criança que corria no gramado e
da sensatez que me fazia crer
que não era meu o direito de ser criança
da calma daqueles dias que demoravam prá passar
e da janela onde debruçava-me para ver a vida.
Saudade de um lugar onde podia me encantar
dos sorrisos que ouvia, da alma limpa e pura
saudades da vida que fluía a cada nova manhã.
Em qual esquina ficou
minha alma de menino?
Quando deixei de acreditar nas verdades que ouvia?
Quando fechei as portas de meu pobre coração?
Emudeço.
Deve existir um lugar para encontrar a ternura...
Uma esquina qualquer para sonhar com verdades
Ah! Aquela saudade de olhar nos olhos e fitar a alma...
Saudade da vida inteira que havia em mim.
Porque sumiu o horizonte?
Porque escondeu-se a esperança?
Sento-me aqui.
E escuto a vida nas palavras...
E sinto que ainda existe no mundo lugar para sonhar.
Vem...
Se quisermos um jardim vamos plantar as flores?
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