quarta-feira, janeiro 6

Eu



Sou um sujeito
simples
côncavo
e sofro de estranheza
um mal que invadiu minha alma
sedenta e pobre
de amor.
Pé ante pé
espreito a vida
pela janela
de minhas emoções
escondidas
que fluem através de mim
num grito baixo
e confuso.
Tenho um milhão de flores
escondidas na garganta
e plantarei um dia
um jardim cheiroso.
Não penso, poetiso!
Não falo, canto!
Nada em mim está confuso
a naõ ser o verso
que é inverso ao mundo
e eu falo da vida
que não existe mais.
Um dia será preciso
entender meu verso
em são juizo.
Um dia ouvirei um hino
e meu desatino
será perceber
que o mundo existe
e não é mais triste
por causa de Deus.
Um dia ouvirei meus passos
e terei abraços
que já esqueci.


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