terça-feira, janeiro 5

Metades


Cada dia
 sou assim 
metade sonho
 
metade vida.
 
Sou o alento

diante do desalento 
e da pressa infinita
 
de um homem só.
 
Vivo ali
 
limitada
 pelos desejos de ser
e ter.
 
Queria ser
 a pluma 
para correr ao léu
 
levada pelo vento.

Queria ser
puramente
 um ser pleno de paz 
para semear ao mundo
 o amor
esquecido
 das pessoas tristes.
Queria dizer palavras pequenas e belas
para que a vida fluisse em sorrisos. 
Queria ser onipotente
 
como Deus
 
para sentir o mundo
 acabando 
e gritar aos povos
 um até já.
Cristo vem, prepara-te!

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