quinta-feira, janeiro 7

Sem cadeiras na calçada


Eu nem tenho mais
aquelas cadeiras
mesmo se quisesse sentar-me 
nas calçadas...
Era preciso também ter histórias
e a vida foi tão rápida
que o tempo passou 
e eu
fiquei a ouvir
a voz do vento
em seu lamento
vento assobiando ao longe
o pensamento
de um sonhador
e perdi tempo.
Passou a chuva
que ameaçava
passou a sega,
a primavera,
veio o sol
com seu calor
também se pôs
e
anoiteceu!
Passou os tempos
levou os medos
fê-los deitarem
acomodados
nem interessam
ao pensador.
Nem haveria motivos
para estar
 nessas cadeiras
da saudade.
Hoje a vida
vem
com muros tão altos
e sem as vozes primaveris...
Por isso o tempo
vive-se a tempo
tudo a seu tempo
pois quando passa
fica o lamento!

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