domingo, junho 6

Fotografia de Leila Pinho

Sou a expressão
dos sentimentos
que tenho.
Meu livro
escrito
é a poesia que trago
agarrada a mim
mesmo em dias tempestuosos
em que me foi dado aprender de tudo
e sobreviver.
A alma
limpa
é certeza
de um lugar bom
com o mar batendo na praia
e a brisa suave em cada manhã.
Meu brilho vai além de tudo 
além do que tenho
além do que sou.
É alma querendo ser pura
é sentimento querendo ser nobre
é racionalidade, enfim!
Diferenciado ser sinto que sou
em minhas  plenitudes
feito versos de um soneto
inacabado.
Um dia
meu livro
será aberto
por mim
e eu terei a chance 
de repensar meus atos
e erguer minhas bandeiras.
Meu ser finito
vive de plenitudes
e infinitudes
como se a vida fosse
para sempre.
Em síntese, não fui
e nem passei.
Ainda estou.
E eu olhei
o horizonte firme
e escalei minhas montanhas
para chegar ao universo de mim
onde vivo
atrás de uma utopia.

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