Fotografia de Carlos Loff Fonseca
Não sei falar do Natal comercial
das festas
dos arranjos e das luzes
Não sei falar do Natal comercial
das festas
dos arranjos e das luzes
que separa castas.
Não sei falar dos olhos da criança
que verá entre os vãos das janelas
que ouvirá sorrisos e tilintar das taças
Não sei falar dos olhos da criança
que verá entre os vãos das janelas
que ouvirá sorrisos e tilintar das taças
sem entender o porquê da festa.
Não sei falar da alma que calará diante do mundo
sem entendê-lo direito
sem entender sua falta de direitos
num país de todos
país de engodos!
Não sei falar em natal ou num Cristo que nasceu
e veio ao mundo
para dar esperança de algo melhor
enquanto tudo segue o mesmo rumo
o mundo não pára e não desperta
para entender o propósito desse nascimento.
Há séculos ouço essa história
e nada nasce de novo nas almas
Todo ano é a mesma correria por presentes caros
os mesmos abraços
de quem enfeita a distância com laços.
Não sei se sou eu ou é o natal
que se perdeu entre a hipocrisia do mundo
e nada há de luz calma ou serenidade
só mentiras camufladas
em nome do homem que nada vê
e, de braços cruzados, se ilude a cada dia
e delira numa festa vã para sua alma cansada
e vazia.
Brindemos as taças cheias!
Não sei falar da alma que calará diante do mundo
sem entendê-lo direito
sem entender sua falta de direitos
num país de todos
país de engodos!
Não sei falar em natal ou num Cristo que nasceu
e veio ao mundo
para dar esperança de algo melhor
enquanto tudo segue o mesmo rumo
o mundo não pára e não desperta
para entender o propósito desse nascimento.
Há séculos ouço essa história
e nada nasce de novo nas almas
Todo ano é a mesma correria por presentes caros
os mesmos abraços
de quem enfeita a distância com laços.
Não sei se sou eu ou é o natal
que se perdeu entre a hipocrisia do mundo
e nada há de luz calma ou serenidade
só mentiras camufladas
em nome do homem que nada vê
e, de braços cruzados, se ilude a cada dia
e delira numa festa vã para sua alma cansada
e vazia.
Brindemos as taças cheias!
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