quinta-feira, dezembro 17

Navegador de Estrelas




Fotografia de Miluxa


Era uma vez um barco
na calmaria do mar
um navegante de estrelas. . .
Lentamente deslizava o barco
sobre a imensa onda azul
da vida e dos sonhos inalcançados. . .
Dentro do barco a alma
de um marujo bom
navegante alado com seu sonho de chegar

chegar a algum lugar.
Sonho bom
estrelado sonho!
Porém, irreal o caminho e por isso triste o navegar
impossível porto, 

cais distante
proibida trajetória...
Naufragada alma dos sonhos de além mar!
Era uma vez um mundo
de alegrias e risadas tolas
com momentos irreais e bons
que o som da realidade encobria
na lágrima que jorrava diante da janela da vida
Partiam em meio a sonhos e dores. . .
Na embarcação dos sonhos
 por um destino incerto,

os navegadores,
rumo às estrelas que encontravam o mar.

Pura utopia!
Porém.
a saudade veio e invadiu a vida
sequestrou a alma nessa solidão azul de sonhos
pois nada daquilo iria ser real

apenas ilusão e almas de poetas!
E bem ao fim do dia
anoiteceu no cais da alma desse
navegador de estrelas!
Era uma vez
A poesia que vinha daquele barco
e da estrela solitária e triste.
Poesia se foi para longe também
levando consigo os pássaros da paisagem.
Ate mesmo a gaivota que longe voava...
No horizonte sumiu.
Como se a vida ofuscasse a ilusão
E deixasse o brilho  para depois .
Seguiu o barco para não muito longe e retornou ao porto
distante a estrela ficou.
Deserta e triste.
E da partida
Só restou o grito da saudade que enlouqueceu o poeta.
Um mero navegador de estrelas!



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