domingo, dezembro 20

Poema da vida


Fotografia de Céu Guitart


Lentamente as vozes
reaparecem na alma e são lembranças
Dá saudade de algo

em algum lugar
como se o que passou pudesse voltar
com o mesmo sabor de outrora.
Esta saudade pinta meu céu
de azul.

E  me vejo feliz encontrando comigo mesma.
Lentamente
Esvazio a alma
E me encanto
Com aquelas gavetinhas que havia fechado
Dos sonhos que sonhei e ilusões que tive.
Lentamente
A musica aparece e toma conta de minha alma
E a poesia nasce.
É a vida!

Poetar é viver mais
quando se pode
sonhar.
Lentamente
Me vem o riso frouxo

e eu gargalho nas minhas relembranças
 Também lágrimas vêm porque eu vivi uma história forte.
Abrem-se meus olhos

diante do todo que construí
e só me resta a poesia
que vem feito menina,
doce e pura
e espelha minha alma
para que eu viva 
melhor.


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