terça-feira, janeiro 5

Desânimo

Paro diante das lutas
cansado estou
de todas as promessas
e vejo o mal infiltrando-se em meus sonhos
destruindo a rocha
das minhas limitações.
Sou uma voz cansada dona de gritos
e lamentos entristecidos
não mais escuto sons 
que davam paz ao entediado coração.
Para onde viajou o raio da esperança
que eu pensava habitar aqui?
Foi-se entristecido, talvez 
pelas vozes tolas
de raros prazeres passageiros
dos homens que buscam intrigantes alegrias.
Diviso o circo desta minha existência
palhaço sou no universo
faço rir embora a alma chore o pranto
da dura decepção.
Para onde foi o brilho puro
das luzes que me animavam?
Incertezas chegaram e lotearam meu coração
Preciso divisar
o horizonte de meus dias
fazer a fé voltar
para ter que prosseguir.
Há de haver respostas
nesse Deus que a tudo vê.
Esperarei aqui
na solidão de meus devaneios
a voz mansa do meu Deus
resgatando a minha fé.
Esperarei.


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