terça-feira, janeiro 5

Finitudes

O homem forte chora no braço
descalço do sonho
diz que está só.
 
Finaliza assim a história
 
da menina que um dia
 achou
que o homem
 era de ferro
e que nele
coração não pulsava
.
O tempo que caleja 
é o mesmo que cura

e as feridas de outrora cicatrizam
ao sabor do vento 
Sobram apenas
 lamentos
e saudades gritadas 
que nem vale a pena
 sentir.
Passa o tempo finito 
e o homem
 ser infinito de vozes
lamenta o perdido 
pois o tempo
 que não se ama 
é um tempo mal gasto
e sem vida!
Sem esperas 
vai a vida sempre à frente de tudo
Pausa o homem num momento 
e o lamento
 vem à tona
feito as vozes que um dia caladas ficaram.
Não mais lembranças
nem cobranças 
apenas a janela

e da vidraça espia sem graça
a menina. 
Finitas lutas
 
de labutas
 
é a vida!

E o abraço
derradeiro
é feito de perdões
e esquecimentos.



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