terça-feira, janeiro 5

Poema Outonal

Questiono no outono 
as ousadias 
e os sonhos.
Questiono no outono
a vida efêmera 
dos ousados sonhadores.

Chega um dia a estação outonal 
e basta olhar
 
para o imperativo viver de cada um.
 
Sujeitos somos

infinitivos verbos 
que mal conjugamos

seres indefinidos e efêmeros.
Primeira pessoa, somos.
Um dia
despidos,
enfrentamos as reservas e as sobras de nós.
E todas as estradas
ainda assim terão sentido.

E todos os sonhos
ainda ainda assim serão infinitos

porque somos pessoas 
e nos dizemos racionais.
 
Pobrezinhas de nossas aves
 
e de nossas feras
 
que não mais
 tem onde pousar!
E vamos todos correndo
contra o tempo
 
de ganância em ganância

vivos! 

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