terça-feira, janeiro 5

No que pensar


Eu vi a criança correndo
no tempo
E lembrei da esperança
que tinha.
Eu vi o tempo
alcançar a criança
ao dobrar a esquina
e lembrei outra vez
da esperança
tão minha.
Cresceu
minha alma
liberta
cresceu!
Passou a criança
na vã formosura
chegou na estação outonal.
E a esperança que eu tinha
tão minha
não me abandonou
ainda
carrego comigo.
Olhei o infinito
da alma sozinha
percebi que
deixei para depois
abraços,
palavras,
carinho,
tudo
para depois!
Havia esquecido
que a vida
um dia se esvai
e chorei o amargo
sabor
da janela fechada
da vida que passou
e me deixou olhando o além.
Tive medo por mim
pela minha esperança
Pensando calado fiquei.
Tive medo por mim.
Eu pensei.
Só pensei.
. .

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