quinta-feira, janeiro 7

O tempo em teu rosto


Então eu  contemplo
a leveza do dia que passa
na beleza inocente da menina.
E o outono que chega um dia
 amassa  o rosto do homem
que vinha há mais tempo
na dança da vida.
O tempo que marca
guarda a lembrança,
inteiramente
feita de esperança.
Como se a vida pulsasse
na rotina insana
que enfeita
e ao mesmo tempo mata.
Embora o tempo tenha marcado o rosto
e evaporado os dias
daquela alma na luta,
 fez restar a vida
 que em si
bastaria para
 o regozijo
do amanhã.
E contemplará o homem
com toda sua sabedoria adquirida
a doçura do olhar das flores recém nascidas
apesar dos dias outonais que estão chegando.
E tudo será tão magnífico
porque na ruga
estará a soma dos dias
rotineiros
que foram morte
e foram sorte
e expressaram  vida.
E a primavera será
a estação do dia
enquanto o regozijo será
 na outonal fase da vida
 contemplar a juventude deles!

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