vida que se cala
versos lentos
hoje sou.
Tento ir-me, me encorajo
e não vou.
Falta-me talvez a rua certa
então,
flerto com a deserta
rua de sonhos meus
que ficam longe
ao som do adeus.
Deixo-me levar pela falta dela
e não me importo mais
pois que me importa
o importar-se?
(já que a vida fica lentamente atrás).
Cabisbaixo e triste
gira o mundo
pela dor que o alucina.
Estou sem dores
nem pareço com o mundo
nesta vida a rodar
esqueço-me às vezes
de ir,
ser,
vir
ou encarar-me...
E na surdina
quando me calo
vejo que a vida foi.
De ponta cabeça vai a vida
e eu nem sinto
ou se sinto,
minto.
Sei apenas que passará. .
Nenhum comentário:
Postar um comentário